O PAPEL DA INCLUSÃO DIGITAL NA GESTÃO
ESCOLAR
A revolução
da Web 2.0 na década de 2000, fez com que os usuários da Internet tivessem um
papel ativo na hora de produzir informações e conhecimentos na rede.
Com a
facilidade de que qualquer um pode produzir as informações que quiser na Internet,
não é mais necessário que uma pessoa seja especialista em computação para
navegar na rede.
Ainda que
aparentemente as crianças saibam utilizar as tecnologias melhor do que os
adultos, cabe ao professor explorar as possibilidades pedagógicas e capacitar
os alunos a usarem esse recurso de forma reflexiva.
O gestor
educacional tem um papel central na inclusão digital, pois ele como liderança,
deve oportunizar debates que busquem encontrar soluções para utilizar as
tecnologias digitais de forma contextualizada no ensino e aprendizagem, bem como
inserir esse trabalho coletivo de forma
contextualizada no projeto político pedagógico.
Cabe ao poder público também
disponibilizar espaços físicos adequados, equipamentos, materiais e a
conectividade, para que de fato se possa incluir os alunos no mundo digital.
Como
educadores não podemos simplesmente dizer que gostamos ou não da utilização da
tecnologia. A educação para
todos é um direito, por isso o papel da escola é fundamental na inclusão
digital.
A inclusão digital
de acordo com MONTANARO (2014) não
consiste apenas em ter acesso a um computador com Internet, ela tem que ser
vista de forma política, social e educativa. Ela busca dar condições para que
as pessoas utilizem os computadores e qualquer tipo de tecnologia de forma a
buscar melhores condições para sua vida.
A inclusão digital se dá,
portanto, não com o acesso à tecnologia pura, mas sim como parte de um processo
de inclusão social. O uso das tecnologias deve buscar, antes de tudo, um avanço
no bem-estar de todo um grupo social, favorecendo sua cultura, suas
necessidades e suas particularidades. (MONTANARO, 2014, pág. 07)
Por isso é preciso
criar condições para que os alunos sejam inseridos de verdade nas novas
tecnologias. Não basta apenas disponibilizar computadores com acesso a internet.
É necessário que as eles aprendam para que e porque fazem isso.
O uso das novas tecnologias no
cotidiano escolar requer que professores se apropriem daquilo que estão
utilizando, tenham clareza de seu papel e compromisso de buscar uma educação de
qualidade para seus alunos.
Os
educadores têm que dar condições para que seus alunos utilizem a tecnologia de
forma reflexiva e possam ser capazes de construir seu próprio conhecimento e
utilizar a tecnologia de forma colaborativa. E também propiciar ao aluno a oportunidade de exibir suas
próprias criações. A participação do professor como mediador entre o aluno e a tecnologia
é fundamental.
Cabe a escola ajudar os alunos a
perceberem os pontos positivos e negativos da utilização das tecnologias.
Mas para que o professor seja capaz de
trabalhar de forma adequada com as tecnologias, ele também precisa ser inserido
nesse meio através de formação adequada e permanente, devido as constantes
mudanças no uso das tecnologias.
As formações devem além de ser teóricas,
serem práticas, possibilitando aos professores vivenciarem a prática com os
equipamentos.
A escola muitas vezes desvaloriza a
inclusão digital, pois julga como necessário somente o desenvolvimento da
escrita e do raciocínio lógico. É necessário integrar o trabalho da escola com
o uso das tecnologias existentes, para que a educação aconteça de forma
estimulante e completa.
Atualmente o aluno não precisa ir à
escola para buscar informações. Mas para interpretá-las, contextualizá-las, só
a utilização das tecnologias não é suficiente. O professor é quem desperta no
aluno o questionamento, fazendo com que ele possa refletir e chegar as suas
próprias conclusões.
A educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens,
desvendar os seus códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações. É importante educar para
usos democráticos, mais
progressistas e participativos das tecnologias, que facilitem a evolução dos indivíduos. (MORAN, 2008, pág. 05)
O desafio dos
educadores é de incluir cada vez mais os alunos no mundo digital, dando
condições para que eles aprendam a buscar através da utilização reflexiva da
tecnologia melhorias para sua vida e da comunidade em que estão inseridos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (org.). A Sociedade em Rede: do Conhecimento à
Acção Política. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2006. Disponível em:
< http://www.cies.iscte.pt/destaques/documents/Sociedade_em_Rede_CC.pdf >. Acesso em: 03 dez. 2014.
MONTANARO, P. R. A internet e a
inclusão digital. Ambiente Virtual de Aprendizagem do Curso
Formação de Gestores Educacionais. São Carlos: UFSCar, 2014.
Disponível em:
<http://www.cfge.ufscar.br/file.php/354/EG_2014/Biblioteca_Geral_EG2014/ot_materialdidatico_a_internet_e_a_inclusao_digital_de_paulomontanaro_versaofinal.pdf>. Acesso em: 24 out. 2014.
MORAN, J. M. As mídias na educação. 2008. Disponível em
<http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-edu-com-tec/artigos/midias%20na%20educa%C3%A7ao.pdf >. Acesso em: 12 dez. 2014.
SETTE, S. S. A tecnologia contribuindo para uma
escola cidadã. Ambiente Virtual de
Aprendizagem do Curso Formação de Gestores Educacionais. São Carlos:
UFSCar,2014. Disponível em: http://www.cfge.ufscar.br/file.php/354/EG_2014/Biblioteca_Geral_EG2014/a_tecnologia_contribuindo_para_uma_escola_cidada.pdf
. Acesso em: 18 out.2014
Bianca, eu também acredito que os recursos tecnológicos podem e devem ser utilizados a serviço do bem coletivo. E cabe a nós educadores incentivar e oportunizar tal utilização.
ResponderExcluirAbç! Luiza
Olá Bianca!
ResponderExcluirExcelente suas colocações a respeito das tecnologias e da forma como as mesmas devem ser oportunizadas aos alunos e exploradas pelos docentes e por toda a unidade escolar.
Parabéns por esta iniciativa!
Grande abraço!